quinta-feira, 28 de julho de 2011

Níveis de Linguagem

Os níveis de linguagem variam de acordo com o contexto onde se está emitindo uma comunicação, alguns dos principais fatores que determinam o nível de linguagem utilizado podem ser a origem e posição social do falante, o local e ocasião em que o interlocutor se encontra, a região do país onde o mesmo adquiriu sua maneira de falar, e também se a linguagem utilizada é a falada ou a escrita.
Quem realmente determina os níveis de linguagem a serem utilizados são os usuários da língua.
Ainda em 2011 o MEC meteu-se em uma polêmica em torno da fala, pois emitiu um livro que defende a possibilidade de uma pessoa conversar usando uma variação da língua diferente da norma padrão. A mídia polemizou o assunto, e até alguns âncoras de telejornais acharam um absurdo um livro didático defender tal ponto de vista.

CLASSIFICAÇÃO

Os níveis de linguagem são classificados de acordo com o contexto em que se encontram, os principais exemplos de níveis de linguagem estudados são: a linguagem coloquial, informal ou popular, a linguagem culta, formal ou padrão, a linguagem grupal, linguagem vulgar e a linguagem regional.

LINGUAGEM COLOQUIAL, INFORMAL OU POPULAR
É a expressão mais espontânea do falante, sai naturalmente e sem policiamento da fala, por isso mesmo que geralmente não está de acordo com as normas gramaticais da língua e está sempre carregada de vícios de linguagem como solecismo (erros de regência, concordância e colocação), barbarismo (erros na pronúncia ou grafia), ambigüidade, cacofonia e pleonasmo. Outras características marcantes da linguagem coloquial são as expressões vulgares e as gírias.
A linguagem popular é usada geralmente durante as conversações diárias entre amigos, situações informais e descontraídas, programas de TV (principalmente nos de auditório) e novelas. A linguagem informal também se manifesta na forma escrita, como quando escrevemos um bilhete, uma carta e principalmente na internet, quando utilizamos o MSN, Orkut, Twitter, blogs etc.

LINGUAGEM CULTA, FORMAL OU PADRÃO
A linguagem culta obedece às regras da gramática. Reflete mais prestígio social e cultural devido ao nível de instrução exigido para o seu uso. Normalmente dominado por classes sociais e intelectuais mais prestigiadas. Ela é mais artificial, mais estável e menos sujeita a variações.

A norma padrão está presente em todo povo civilizado, pois ela é quem assegura a unidade lingüística de uma nação. Por isso é ensinada nas escolas, devido à sua importância político-cultural. É regida pelas gramáticas normativas.

A linguagem culta é utilizada pelas pessoas que detém maior nível de instrução, nivelado pelos estudos e/ou hábito da leitura. Ela é mais comumente utilizada na linguagem escrita e literária. A linguagem formal está presente em sermões, discursos, textos científicos, noticiários de TV, programas culturais etc. 

LINGUAGEM GRUPAL

A linguagem grupal é aquela própria de grupos fechados, ou seja, apenas quem faz parte do grupo em questão pode entender com total clareza as mensagens que estão sendo passadas. A linguagem grupal pode ser de natureza social ou etária. Elas são classificadas em técnica (jargão) ou gírias.

A linguagem grupal pode ser encontrada em grupos sociais, profissionais, culturais etc. Podemos usar como exemplos as gírias utilizadas pelos surfistas, traficantes dos morros cariocas, marginais das grandes cidades, prostitutas, homossexuais, pichadores etc. Além das gírias, temos os jargões, que são linguagens técnicas que só são entendidas por quem faz parte do grupo profissional que atua na área, ou que ao menos seja instruído para isso. Dentre os jargões podemos exemplificar a linguagem dos hackers, dos geeks, nerds, o juridiquês, economês etc.
 
Na charge acima, Steve Jobs, criador do Ipad, pede desculpas ao super herói Flash, pois os arquivos em flash não rodam no tablet da Apple, uma piada genuinamente geek.

LINGUAGEM VULGAR
A linguagem vulgar infringe quase que totalmente as convenções gramaticais, ela está ligada aos grupos extremamente incultos, como analfabetos e pessoas que não tem nenhum ou quase nenhum contato com centros civilizados.
   













LINGUAGEM REGIONAL

A linguagem regional, também chamada de regionalismos ou falares locais, está diretamente ligada à região geográfica do falante. Ela tem um patrimônio vocabular próprio típico de cada região. O regionalismo distancia o vocabulário de uma região para outra a tal ponto que chega ser objeto de estudos e pesquisa, a exemplo do falar regional paraense, temos o “Dicionário Papachibé – Língua Paraense”, escrito por Raymundo Mário Sobral. Outros estados também possuem sua linguagem regional, a exemplo do Rio Grande do Sul, com expressões como “tchê”, “trilegal”, “bah”, o mineiro com o “uai”, “sô”, o pernambucano com “arretado”, “oxente”, e assim todos os estados tem suas particularidades na fala.


Questões de Vestibulares

(UEPA-2007)
“CAJUEIRO ‘FULORANDO’ em janeiro, segurando maturi* novo, é sinal de inverno tarde”, diz José Clementino, o dedo apontando a árvore carregada de frutos ainda verdes e flores em botão, à beira do açude Cedro. Ele era um dos “senhores do tempo” reunidos no X Encontro dos profetas da Chuva de Quixadá, cidade a 175km de Fortaleza, que ocorreu no dia 15 de janeiro de 2006. Clementino e os demais sertanejos observadores dos fenômenos meteorológicos fazem parte de uma tradição agrária das mais antigas da civilização humana. Guardam na memória experiências que vêm de muito tempo, de quando a vida dependia exclusivamente da agricultura e as condições climáticas eram fundamentais à sobrevivência da comunidade. A previsão do tempo pela observação dos astros, das plantas, do comportamento dos animais está presente num livro como As Geórgicas, do poeta latino Virgílio (século I a.C.), obra erudita que influenciou os popularíssimos livrinhos editados em Portugal desde a idade Média e que chegaram, quase do mesmo jeito, até os dias atuais, no Nordeste brasileiro – os Lunários perpétuos. São eles as matrizes escritas que ainda orientam os profetas da chuva de Quixadá.
(Revista RAIZ – Cultura do Brasil. Fevereiro de 2006)
*maturi: castanha de caju ainda verde.
 
01 – Sobre o discurso de José Clementino, registrado pelo jornalista, Texto 1, é correto afirmar que: 
a)Exemplifica uso de linguagem formal, conforme a variedade padrão vigente. 
b)O item lexical “FULORANDO” mostra apenas uma marca de variedade de estilo. 
c)Se trata de um registro típico das variedades lingüísticas urbanas. 
d)As características sintáticas nele presentes são marcas da linguagem coloquial. 
e)O item lexical “FULORANDO” pertence a uma variedade lingüística tanto sociocultural quanto regional.
 
RESPOSTA: e

COMENTÁRIOS:
Alternativa "a": Apesar do texto ter sido tirado de uma reportagem, o discurso produzido nele foi fiel à fala de José Clementino, que não dispõe de recursos linguísticos para se expressar dentro de uma linguagem formal. Ele discursa com seu linguajar tradicional, regional, o que caracteriza uma linguagem regional, e não formal.

Alternativa "b": A variação não é de estilo, é uma variação linguística, característica da linguagem regional ou vulgar.

Alternativa "c": Conforme podemos notar na imagem retirada do site da entrevista, o locutor não pertence a uma zona urbana, é um morador da zona rural.

Alternativa "d": as características sintáticas do discurso não são de ordem exclusiva da fala coloquial.

Alternativa "e": As características da palavra "FULORANDO" são de origem sociocultural e regional, podendo até mesmo ser considerada uma redundância neste caso.

(UEPA-2011) Desabafo

Deixa, deixa, deixa / Eu dizer o que penso dessa vida / Preciso demais desabafar // Eu já falei que tenho algo a dizer, e disse/ Que falador passa mal, e você me disse / Que cada qual vai colher o que plantou / Porque raiz sem alma, como Flip falo, é triste / A minha busca na batida perfeita / Sei que nem tudo tá certo, mas com calma se ajeita / Por um mundo melhor eu mantenho a minha fé / Menos desigualdades, menos tiro no pé / Andam dizendo que o bem vence o mal / Por qui vou torcendo pra chegar no final / É, quanto mais fé, mais religião / A mão que mata, reza, reza ou mata em vão / Me contam coisas como se fossem corpos / Ou realmente são corpos, todas aquelas coisas / Deixa pra lá eu devo tá viajando / Enquanto eu falo besteira nego vai se matando / Então / Deixa, deixa, deixa / Eu dizer o que penso dessa vida / Preciso demais desabafar / Ok, então vamo lá, diz / Tu quer paz, eu quero também / Mas o estado não tem direito de matar ninguém / Aqui não tem pena de morte, mas segue o pensamento / O desejo de matar de um Capitão Nascimento / Que sem treinamento se mostra incompetente / O cidadão do outro lado se diz impotente, mas / A impotência não é uma escolha também / De assumir a própria responsabilidade / Hein?? / Que você tem a mente, se é que tem algo em mente / Porque a bala vai acabar ricocheteando na gente / Grandes planos, paparazzo demais / O que vale é o que você tem e não o que você faz / Celebridade é artista, artista que não faz arte / Lava a mão como Pilatos achando que já fez sua parte. / Deixa pra lá, eu continuo viajando / Enquanto eu falo besteira nego vai, vai / Então deixa...
02 – Assinale a alternativa que apresenta expressões no nível informal da linguagem. 
a) Eu já falei que tenho algo a dizer, e disse. 
b) Andam dizendo que o bem vence o mal. 
c) Por aqui vou torcendo pra chegar no final. 
d) O cidadão do outro lado se diz impotente, mas. 
e) Eu dizer o que penso dessa vida.

RESPOSTA: c

COMENTÁRIOS:
Alternativa "a": está tudo ok.
Alternativa "b": também não tem nenhum desvio.
Alternativa "c": a palavra "pra" é uma maneira informal de dizer "para".
Alternativa "d": não há problemas nela.
Alternativa "e": tudo ok.

(UEPA-2011)
03 - Leia os seguintes excertos.

Jeca urbanóide de papo pro ar.
Me bateu a pergunta meio a esmo.
Procurando doutor nalgum lugar.
Que fugiu do hospital pra se tratar.

Os termos grifados estão presentes no uso do português brasileiro.  Segundo a norma padrão vigente, este uso se constitui em: 
a) Marcas da linguagem oral formal. 
b) Manifestações típicas da escrita. 
c) Transitórios entre o oral e o escrito. 
d) Usados na linguagem formal e informal. 
e) Manifestações da linguagem escrita formal.


RESPOSTA: c

COMENTÁRIOS:
Alternativa "a": apesar de ser características de linguagem oral, nem sempre é usada em discursos formais.

Alternativa "b": errado. São características da fala, não da escrita.

Alternativa "c": apesar de não ser aceita pela norma padrão gramatical, são formas de escritas convencionadas pela fala, ou seja, estão tão impregnadas na nossa fala, que aceita-se esta forma escrita fora de um ambiente formal que exija a linguagem culta. Por exemplo, uma redação de vestibular.

Alternativa "d": incorreto, pois o uso destas expressões não estão de acordo com a norma padrão da gramática.

Alternativa "e": Não é uma linguagem de ambiente formal.

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sábado, 23 de julho de 2011

Linguagem Literária e Linguagem Não-literária

LINGUAGEM NÃO-LITERÁRIA




A linguagem não-literária possui apenas um significado e permite apenas uma interpretação de seu texto, ela é objetiva e a linguagem denotativa é amplamente empregada, ou seja, usa-se palavras que assumem os significados dos primeiros conceitos definidos nos dicionários. A linguagem não-literária é utilitária, ela tem o objetivo de informar, de retratar a realidade com fidelidade. Esta linguagem é encontrada em livros didáticos (de História, Química, Biologia, Geografia etc), revistas, receitas culinárias, sites de notícias, bulas de remédios, textos jornalísticos e científicos em geral. O texto não-literário também é a base para a redação oficial, que é empregada em documentos de órgãos públicos, na elaboração de leis, editais de concursos públicos e é a encontrada na Constituição Federal de 1988, que tem a obrigação de ser clara e entendida por qualquer cidadão alfabetizado, independente de sua origem e localização geográfica no território nacional. A linguagem não-literária ainda é largamente empregada por apresentadores de telejornais, em reportagens, nas comunicações em locais de trabalho e ambientes formais.

LINGUAGEM LITERÁRIA

A linguagem literária é caracterizada por sua plurissignificação, ou seja, uma palavra, frase ou texto podem assumir vários significados. A base desta linguagem é o emprego da conotação, que é o uso de palavras que assumem conceitos diferentes daqueles definidos nas primeiras explicações dos dicionários.
O texto literário permite várias leituras e interpretações, ele também não tem a intenção de informar, retratar ou recriar a realidade com fidelidade. A linguagem literária é a expressão da realidade interior e subjetiva do autor.
A produção de um texto literário consiste na valorização da forma, que pode vir a levar o leitor a uma reflexão sobre a realidade. Esta linguagem é amplamente empregada em poemas, contos, romances, peças de teatro, músicas, novelas, crônicas, poesias e quaisquer outras expressões artísticas.

CODINOME BEIJA-FLOR
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor.

A música Codinome Beija-flor escrita por Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias e interpretada primeiramente pelo próprio Cazuza, permite várias interpretações da mesma. Muitas pessoas que analisaram a letra da música e conhecem a história do artista afirmam que ela foi uma mensagem de Cazuza para Nei Mato Grosso. Outras dizem que ela foi escrita para Frejat, seu ex-companheiro de banda. Mas provavelmente a música não fez tanto sucesso por ser uma mensagem entre Cazuza e outro artista, mas sim por permitir inúmeras interpretações para quem ouve, sendo talvez a principal delas, a despedida em um fim de relacionamento. O que caracteriza a linguagem deste texto ser genuinamente literária.

LINGUAGEM LITERÁRIA X LINGUAGEM NÃO-LITERÁRIA

A linguagem literária e a linguagem não-literária não podem ser distinguidas unicamente pelo caráter ficcional ou não-ficcional de um texto. Pois em termos práticos, o mesmo texto pode ser visto tanto ficcional quanto não-ficcional, dependendo do leitor. Por exemplo, um cristão mais devoto pode considerar que todos os textos bíblicos são detentores de uma verdade inquestionável, já uma pessoa mais cética, pode considerar absurdas algumas passagens da bíblia que a ciência não poderia reconhecer como possível.
Um dos principais critérios utilizados para se diferenciar um texto literário de um texto não-literário é a sua finalidade. O texto não-literário geralmente possui uma utilidade, ele é criado para um objetivo, uma função, que pode ser a de explicar, orientar, convencer, responder etc.
Já o texto literário pode assumir como finalidade uma função nula, ou simplesmente estética, que é para enaltecer o belo, para o prazer puro e simples do ouvinte e satisfação do autor. A função estética permite que as palavras assumam um novo significado, diferentemente daqueles apresentados nos primeiros conceitos dicionários. É a chamada linguagem conotativa, que é criada a partir dos significados denotativos das palavras. Permitindo se ter tantos significados quantos a criatividade humana permitir.

QUESTÕES DE VESTIBULARES

(UEPA-2011) Meu Guri (Texto I)
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar.
(Chico Buarque de Holanda)

01 – A partir da leitura do Texto I, afirma-se que:
a) Cara de fome indica que a circunstância de miserabilidade é resultado da falta de cuidado que os pais têm com os filhos.
b) O rebente nasceu repentina e inesperadamente, pois sua mãe estava desempregada e sem casa.
c) Cara de fome relaciona-se com a falta de oportunidades dadas para a alguns segmentos da sociedade.
d) O rebento nasceu em um momento inoportuno, embora a família apresentasse boas condições financeiras.
e) Não tinha nem nome pra lhe dar indica que a família estava indecisa quanto ao nome da criança.

RESPOSTA: c

COMENTÁRIOS:
Alternativa "a": "Cara de fome" indica que os pais não tem condições de sustentar seu filho de maneira digna. Não que ele não queira cuidar da criança.

Alternativa "b": ninguém nasce de repente, inesperadamente. E o trecho em destaque da música de Chico Buarque não diz em nenhum momento que sua mãe está desempregada e sem casa.

Alternativa "c": "Cara da fome" está diretamente ligada a falta de oportunidade que algumas classes da sociedade sofre por parte do governo.

Alternativa "d": Se o rebento nasceu com cara de fome, é porque não tinham comida para dar para a criança. O que nos faz entender que a família não se encontrava em boas condições financeiras.

Alternativa "e": Não ter nem um nome para dar para criança nos remete que o "nem" diz que se não tinham um nome, não teriam também condições financeiras de criá-lo.

Brasis (Texto II)
Pede paz, saúde
Trabalho e dinheiro
Pede pelas crianças
Do país inteiro
Lararará!...
(Seu Jorge, Gabriel Moura, Jovi Joviniano)

02 - Sobre o Texto II, cuja ideia central é a sociedade brasileira, afirma-se que:
a) o clima seco da Região Norte é o principal responsável pelas mazelas sociais que estão presentes no Brasil.
b) a falta de oportunidades no setor agrícola brasileiro promove consideráveis problemas socioeconômicos, político e cultural.
c) paz, saúde, trabalho e dinheiro representam os setores da sociedade brasileira que estão sendo trabalhados pelo governo.
d) as crianças de todo Brasil estão amparadas pelas famílias, por isso não precisam de políticas públicas.
e) o governo brasileiro é omisso em determinadas situações, pois há grandes desigualdades e problemas sociais.



RESPOSTA: e

COMENTÁRIOS:
Alternativa "a": A Região Norte não possui um clima seco, é quente e úmido.

Alternativa "b": A maioria esmagadora da população não está no campo, mas sim nas cidades.

Alternativa "c": A música está fazendo uma crítica justamente pela falta destes itens junto à sociedade.

Alternativa "d": A alternativa é absurda por si só.

Alternativa "e": Esta alternativa está de acordo com a realidade, e também é o tema abordado na música em questão.

03 - A leitura dos Textos I e II evidencia que o ponto em comum entre eles é a preocupação com:
a) todas as crianças brasileiras.
b) ausência de ações de políticas públicas.
c) o desemprego.
d) a desigualdade social.
e) a violência desenfreada.

RESPOSTA: b

COMENTÁRIOS:
Alternativa "a": Convenhamos, nem todas as crianças do país precisam da ajuda do governo.

Alternativa "b": Este é o ponto em comum, é o tema abordado nas duas músicas.

Alternativa "c": Não é falado de desemprego na primeira música.

Alternativa "d": É evidente que há desigualdade social, inclusive que fica subentendido isso nas duas músicas, mas não é o que elas estão abordando.

Alternativa "e": A violência não é ao menos mencionada na primeira música.

(ENEM-2010)            Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.
Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009.

04 - Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de
a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor.
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana.
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos.
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos.
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva.

RESPOSTA: e

COMENTÁRIOS:
Alternativa "a": fatos ficcionais são os criados, de uma linguagem literária, então não pode ser essa alternativa.

Alternativa "b": Não fala da vida de membros da sociedade, mas da vida de um membro específico dela.

Alternativa "c": O texto faz uma breve biografia da vida do autor, não destaca seus principais feitos.

Alternativa "d": O texto faz uma breve e superficial biografia do autor, não explora seu aspecto mais íntimo, afinal, nada que não pudesse ser de conhecimento geral sobre sua vida.

Alternativa "e": É a correta, está clara e aborda uma linguagem não-literária.


sexta-feira, 22 de julho de 2011